A natureza e as pessoas podem prosperar juntas.
Carregando...
Tibá Etnovivência é um empreendimento de base comunitária que realiza etnoturismo no Território Indígena TI Comexatibá, na vila de Cumuruxatiba, distrito de Prado, Bahia. O Projeto começou a ser aplicado na Aldeia Tibá, localizada dentro do Parque Nacional do Descobrimento, a partir da participação nas mentorias de Turismo + Sustentável que ajudou na organização e profissionalização das atividades turísticas que já aconteciam desde 2003.
Ao chegar no território, Nivea Dias juntou-se com Eduardo Ferreira, nome indígena Manuhã Pataxó, liderança jovem e estão seguindo um caminho de colaboração e compartilhamento de conhecimentos, buscando fomentar vivências através da Tibá Etnovivência. Foram um dos 10 escolhidos pela Conservação Internacional Brasil (CI-Brasil) para receber 6 meses de mentorias de Turismo + Sustentável.
A natureza e as pessoas podem prosperar juntas.
Foi com esse olhar que a Conservação Internacional Brasil (CI-Brasil) escolheu o território Abrolhos Terra e Mar, no extremo Sul da Bahia, para receber o Programa Turismo + Sustentável. As áreas protegidas da região resguardam a riqueza cultural e uma biodiversidade única na terra e no mar que favorecem o desenvolvimento do turismo sustentável. O objetivo é mobilizar, integrar e qualificar o setor, além de inovar nas oportunidades de geração de renda e tornar as iniciativas mais sustentáveis. A Raízes foi a parceira executiva da CI-Brasil nesse Programa, que conta também com apoio do WWF Brasil. Foram selecionados 10 empreendimentos localizados no Extremo Sul da Bahia que receberam seis meses de mentoria virtual gratuita em: empreendedorismo, gestão de negócios, inovação, turismo sustentável, comunicação e marketing.
A Associação Comunitária da Aldeia Tibá – AICATIBA, representa atualmente aldeias Indígenas da etnia Pataxó situadas no município do Prado. A entidade foi fundada em janeiro de 2006 com a finalidade de melhorar a vida das famílias indígenas Pataxó da Aldeia Tibá com a participação coletiva dos associados e demais membros da Aldeia. Entre seus objetivos estatutários foi incluído o de unir-se solidariamente a outras comunidades e entidades que tenham entre seus objetivos melhorar a vida da população indígena, com o respeito à cultura e ao território Pataxó. A Associação realiza reuniões e assembleias frequentes, espaços de diálogo de aspectos importantes para o desenvolvimento da aldeia, tais como saúde, educação, meio ambiente e projetos de geração de renda e de revitalização da memória e cultura Pataxó. A associação internamente busca a organização das atividades coletivas na aldeia e externamente representa e articula ações em benefício da comunidade. Representa a aldeia perante os órgãos públicos tais como a FUNAI, SESAI (responsável pelo atendimento à saúde indígena), Secretaria Estadual da Educação, Prefeitura Municipal do Prado, COELBA e outros. Atualmente tem representação no Comitê de Diálogo para a promoção do desenvolvimento sustentável da área da aldeia em sobreposição ao Parque Nacional do Descobrimento, e mantém uma relação harmoniosa com o ICMBio, que apoia a execução deste Plano de Investimento.
A associação já desenvolveu vários projetos com diferentes parceiros, tais como a construção da Oca da Zabelê, com a Universidade Estadual da Bahia e a implantação de sistemas agroflorestais com o Centro de Desenvolvimento Agroecológico do Extremo Sul, entre outros. A entidade promove e organiza mutirões para ações na área coletiva da aldeia, incluindo construções como a escola e o galpão da farinheira, a abertura de trilhas para a condução de caminhadas ecológicas e culturais e a realização de atividades agrícolas, como a implantação de roçados e recuperação ambiental com sistemas agroflorestais (SAFs). A entidade tem ainda uma boa experiência na recepção de visitantes no período do verão, recebendo grupos para conhecer a aldeia e o modo de vida indígena e tem adquirido experiência na implantação de atividades de etnovivência.
Esta cartilha trata da regulação da visitação e turismo comunitário em Terra Indígena. Neste caso, em Terra Indígena Pataxó. Seu principal objetivo é informar as pessoas interessadas em melhor conhecer as comunidades indígenas sobre os cuidados e atitudes recomendáveis ao seu intento de experimentar trocas interculturais.
Entre os principais objetivos da visitação com fins turísticos em terras indígenas, destaca-se a valorização e a promoção da sociodiversidade e da biodiversidade, por meio da interação com os povos indígenas e comunidades, suas culturas materiais, imateriais e o meio ambiente, como modo de geração de renda à comunidade. Aqui cabe o respeito à privacidade e à intimidade dos indivíduos, das famílias e dos povos indígenas, nos termos por eles estabelecidos.
Este livro é fruto dos esforços das comunidades Pataxó no processo de revitalização de seus saberes e práticas tradicionais: de luta por seus territórios imemoriais, rumo à auto sustentação, segurança e a soberania alimentar.
A ideia nasceu no contexto das oficinas de Mãgute, realizadas nas aldeias Tibá, Pequi, Kai. Nova Alegria e Maturembá, e durante os intercâmbios intercultural que juntos realizamos em Jequitinhonha e Araçuaí / MG; bem como na promoção da Feira de Culinária Tradicional Pataxó realizada no contexto do Festival Gastronômico de Cumuruxatiba, Prado, BA.
Este manual é para ser utilizado por todos os que de alguma maneira atuam na arte de receber turistas que visitam o Território Abrolhos Terra e Mar e que se interessam em aprimorar suas práticas por um turismo + sustentável e regenerativo. Pessoas e instituições que atuam de diferentes formas no turismo do território, abrangendo as múltiplas funções que a gestão e operação contempla, tais como:
A Futuri está aberta para todos que se interessarem em aprimorar suas práticas no turismo e dispostos a evoluir dentro dos critérios indicados por esse manual.
“AWÊ - Cantos e Contos do Cacique Zé Fragoso” é um documentário que reúne as composições e as histórias das músicas deste mestre e de seu respectivo Território Indígena Comexatibá, em Cumuruxatiba, no Extremo Sul da Bahia. Cacique da Aldeia Tibá, este mestre de saberes pataxó é um grande artista, poeta, historiador de sua aldeia e sempre teve esse sonho de registrar suas criações, que se concretiza agora com o apoio Financeiro do Prêmio Cultura na Palma da Mão, Programa Aldir Blanc Bahia, Secretaria de Cultura, Governo do Estado da Bahia, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.
Nesta produção audiovisual, o público tem a oportunidade de assistir a performance das canções e também os “causos” que as acompanham. A partir de uma série de histórias, Fragoso perpassa memórias do território e de seu povo, como as referências à Luciana Zabelê, sua mãe e grande liderança pataxó assim como pauta questões contemporâneas como a vacina e o marco temporal.
O documentário é assinado por sua filha, Márcia Ferreira e sua neta Ane Pataxó, realizadoras que protagonizam a produção. O trabalho conta com o apoio institucional do projeto de extensão LIVRO-LUGAR, do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências da UFBA e do Centro de Estudos sobre Povos Indígenas e Populações Tradicionais (CEPITI) da UNEB.